Para encerrar esta temporada de 2014, o Coral Paulistano Mário de Andrade interpretou uma das mais conhecidas e importantes obras do compositor G. F. Handel, “The Messiah”. A intensa busca pelo melhor desempenho durou algumas semanas, resultando em ensaios paralelos com os da 9ª Sinfonia de Beethoven. As duas obras, comparáveis em importância e excelência, solicitaram dos cantores toda energia que poderiam nos dar neste fim de ano.
Dia 13 de dezembro o Coral Paulistano apresentou, junto ao Coro Luther King no foyer do Auditório do Ibirapuera, alguns trechos da obra “Messias”. Dia 14, estivemos no palco do Theatro Municipal para a execução da obra quase completa, junto a Orquestra Experimental de Repertório, a spalla Fani Vovoni (Atenas) e aos solistas Luciana Sera (Itália) soprano; Adriana Clis, contralto; Jean William tenor e Davide Rocca (Itália) barítono.
Contente com o trabalho do Coral Paulistano Mário de Andrade este ano, preparo-me para a temporada de 2015 e espero, confiante, que o próximo ano seja ainda mais interessante.
Agradeço aos cantores que compreenderam e colaboraram com a execução da Paulicea Desvairada e ao público cuja ausência impossibilitaria o sucesso de nossa temporada que completou 48 concertos em diversos lugares da Grande São Paulo.
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A festa de G. Rossini e G. Donizetti nos CEU’s
Após o sucesso do trabalho realizado com Davide Rocca na Sala do Conservatório, onde músicas de G. Rossini e G. Donizetti foram o ponto alto de um programa divertido e comunicativo, chegou a vez deste mesmo repertório ser levado aos teatros periféricos dos CEU’s Parelheiros e Paraisópolis, através do Coral Paulistano Mário de Andrade.
A dificuldade do texto cantado em italiano para um público não acostumado com este idioma foi vencida com uma apresentação dos temas traduzida de forma bem humorada pelos Maestros Davide Rocca e Renato Figueiredo. Marcado pelo caráter dinâmico do estilo da música bufa italiana, este encontro contagiou o público, pouco habituado ao gênero “música de concerto”.
O trabalho com Davide proporciona ao coro uma troca de experiência importante para a formação do cantor profissional. Espero ansioso pela próxima oportunidade de encontro entre os cantores do Coral Paulistano e o Maestro Davide Rocca, onde com certeza veremos nascer outra parceria de sucesso tanto para o crescimento do grupo quanto para o público que poderá apreciar mais uma vez o resultado de um trabalho cuidadoso, competente e criativo. Acredito ser este um desejo de todos.
O próximo concerto do Coral Paulistano acontecerá dia 13 de dezembro, como convidado do Coro Luther King, um dos coros amadores mais antigos da cidade de São Paulo, em sua tradicional série “Cantador, só sei cantar” no foyer do Auditório do Ibirapuera. Dia 14 o encontro será no palco do Theatro Municipal de São Paulo para encerrar a temporada de 2014.
OER e Coral Paulistano juntos para a 9ª
Estivemos hoje na Paróquia São Geraldo das Perdizes para a execução de um concerto histórico. O Coral Paulistano Mário de Andrade, o Coro Luther King e a Orquestra Experimental de Repertório realizaram, juntos, sob regência do Maestro Carlos Eduardo Moreno, uma das mais belas e importantes obras da literatura coral mundial, a 9ª Sinfonia de L. Beethoven. A emoção estava no ar e eletrizava o ambiente antes mesmo de soarem os primeiros acordes da imponente 9ª sinfonia. Um público de aproximadamente 2000 pessoas disputava, corpo a corpo, cada centímetro da igreja.
A primeira obra sinfônica a utilizar a voz como mais um instrumento acaba por surpreender o expectador no último movimento, reservado para o protagonismo vocal. Protagonismo este que exige do cantor seu limite e, principalmente, dedicação. A perfeita execução da obra tona-se impossível a partir de tanta dificuldade encontrada. Mesmo um cantor profissional, que conhece a sinfonia, pode não render o suficiente.
Para Helder Savir, cantor do Coral Paulistano, “o trabalho de juntar os coros é uma experiência muito legal. Trocamos ideias e conhecemos outras pessoas. Outras visões a respeito da mesma música. Parece que é sempre a primeira vez”. Nelson, tenor do Paulistano, comentou durante um dos ensaios: “Agora nós cantamos a “Nona” em um coro grande que envolve um coro amador. Mas grupo amador porque ama, e não no sentido de ‘não profissional’, já que quem está cantando aqui está muito bem. Estão me ajudando inclusive pois não tenho que servir de exemplo, os meninos estão andando”.
Parte importante deste projeto foi a participação do Coro Luther King, que organizou um fórum coral para o estudo da obra. Diversos cantores do meio musical de São Paulo puderam encontrar ambiente de estudo, a partir da prática coral, subindo ao palco no final deste processo, com um dos coros mais importantes da cidade.
Os próximos concertos do Coral Paulistano Mário de Andrade acontecerão dia 06 de dezembro. No CEU Parelheiros, sob regência de Davide Rocca e na Sala do Conservatório – Praça das Artes, sob minha regência.
Música das Américas no Conservatório de Tatuí
Em 12 de novembro, o Coral Paulistano Mário de Andrade voltou ao Teatro Procópio Ferreira, no Conservatório de Tatuí, para o 4º Encontro Nacional de Corais. Sob a regência de Luiz Marchetti, obras consagradas de Astor Piazzolla, Heitor Villa-Lobos, Afro-American Spiritual e temas andinos foram levadas ao público da cidade de Tatuí. Este mesmo repertório havia sido apresentado com sucesso no Centro Cultural São Paulo, dia 12 de outubro. E, particularmente, os afro-americano spituals e os tradicionais latino americanos provocaram frenesi e crescente empolgação num belo momento de empatia entre público e artistas.
Ficamos felizes por ter participado deste encontro e esperamos que esta parceria provoque novas oportunidades de troca com o Conservatório e com o público da cidade de Tatuí.
O próximo concerto do Coral Paulistano Mário de Andrade será dia 30/11, junto à Orquestra Experimental de Repertório e ao Coro Luther King, para a execução da 9ª sinfonia de Beethoven, sob regência do Maestro Carlos Eduardo Moreno.
Britten e Bernstein: um encontro magistral
No últimos dias, sexta-feira (07) e sábado (09), o Coral Paulistano Mário de Andrade esteve no Salão Nobre do Teatro Municipal e Centro Cultural São Paulo, respectivamente, interpretando as obras “A Ceremony of Carols”de B. Britten e “Chichester Psalms” do renomado maestro norte-americano Leonard Bernstein
“A Ceremony of Carols” foi escrita para vozes femininas, solista contra-tenor e harpa. Uma obra delicada que, decorada pela sonoridade da harpa, aproxima o público ao divino, à perfeição. A harpista Soledad Yaya encantou os expectadores, proporcionando leveza ao ambiente.
“Chichester”, totalmente diferente da primeira obra, soa mais estrondosa com tímpanos e metais preenchendo o ambiente, provocando o espectador. Com estas duas obras divergentes, os cantores não padecem por repetição e o público, sai instigado.
Encontramo-nos agora no Conservatório de Tatuí, dia 12/11, para o concerto “Música das Américas”. Coral Paulistano Mário de Andrade sob regência de Luiz Marchetti.
Lilla Gábor e a música coral húngara
No último sábado, os cantores do Coral Paulistano Mário de Andrade se encontraram com Lilla Gábor e a música húngara. O concerto, quase inteiramente à capela, exigiu muita atenção e dedicação. Zoltán Kodály foi muito prestigiado através da execução de obras para coro misto, vozes femininas e vozes masculinas. O destaque para a separação das vozes também se deu com obras do compositor Béla Bartók (vozes femininas). Encerrando o concerto, uma peça importantíssima para sua época: A nyúl éneke (1944), traduzida por Lilla como “Canção do Coelho”, de Lajos Bárdos. Escrita para dois coros e percussão, narra a fuga de um coelho, metáfora para a perseguição nazista.
A barreira deste repertório foi a língua, superada após muitos dias de trabalho intenso, tanto com a Maestrina como individualmente. A dificuldade acaba por estimular o cantor a superar o desafio que lhe foi dado. Este concerto sem dúvida explorou a capacidade do grupo em sua maleabilidade de interpretar obras de diversos lugares. Para os cantores, Lilla Gábor trabalhou com delicadeza, mostrando ao coro um pouco de sua realidade musical. Lilla é sem dúvidas, excepcional.
Aguardamos ansiosamente para o próximo encontro na Sala do Conservatório, Praça das Artes, em dezembro.